quinta-feira, 31 de maio de 2012

Huuummmmmmm...


Estava aqui pensando sobre um pouco de tudo e um tanto de nada. Uau...agora me peguei!
Pois bem, assim é que deve ser: nos pegar desapegados. Tudo na vida há cobranças. Devemos levantar todos os dias e cumprir as tarefas cotidianas impostas. São tantos afazeres e deveres,são tantos compromissos e agendamentos. Corremos feitos tatuíras loucas, desgovernadas e sempre ás pressas num estresse frenético de que estamos o tempo inteiro tirando o pai da forca (haja pai, heim!).
Lembro de um tempo em que não sabíamos o que era um celular e mesmo assim nunca chegávamos a um encontro atrasado. Internet então, era coisa de outro mundo e ficava em uma galáxia muiiiito distante. Melhor seria deixar isso somente para os astronautas. Afff...
Toda parafernália tecnológica não passava de ficção e tão pouco ocupava nosso imaginário. O que nos devorava a alma era mesmo o cheirinho de terra molhada no fim de tarde de verões escaldantes e toda aquela magia nobre do pôr do sol de final de primavera. Tinha Pipas e peões. Cantigas de rodas e esconde-esconde. Ah que estas brincadeiras nos deixavam exaustos e felizes! Tínhamos obrigações e deveres como lavar calçadas e varrer o terreiro, empilhar lenhas (sim, porque o fogão era á lenha!) e dar milhos para as galinhas. Fruta do pé era a maior aventura. Subir até o ultimo galho, colher a mais saborosa e graúda e ficar olhando o desenho das nuvens; uma hora era carneiros, outra hora cavalinhos. E nada abalava esta tremenda harmonia a não ser o chamado grave da mãezinha para que fossemos lavar mãos e rostos pois a refeição já estava servida. Era tempo de candura e muita imaginação. E eramos tão criativos com pedaços de linhas, bolas de panos, carretéis e latas. Éramos desapegos dos apegos e cismas. Apenas vivíamos um dia de cada vez. Éramos tão felizes e nem nos dávamos conta disso. 

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